quarta-feira, 20 de abril de 2016

Política

Sigo procurando respostas, pois nada sei, o tempo é o senhor da razão, o apressado come cru, a verdade de alguns me surpreende a cada momento, no cenário de escândalos as máscaras vão caindo, a prova de fogo é o poder, não se corromper é para alguns poucos. Diante das velhas estruturas que desgovernam o país, a minha tristeza é imensa. Que Congresso é esse?

Perplexo com o ocorrido na Câmara dos Deputados, cenas lamentáveis e bizarras. Os políticos vão se perpetuando em seus cargos, cometendo desmandos, enriquecendo ilicitamente, sem uma punição eficaz, sem uma prisão perpétua. E as delações premiadas, o que dizer? Não importa se é delator ou traidor, bandido é bandido.

A situação delicada que o Brasil atravessa, vem de longa data, moral e honestidade são palavras extintas no círculo vicioso que é essa política de favores, de negociatas, de manipulações, de interesses escusos, do controle de emissoras de rádio e televisão sob o domínio dos parlamentares, de empresas patrocinando campanhas eleitorais.

Nas urnas chega de votar no que ‘rouba, mas faz’, de votar no ‘menos pior’, de votar por um jogo de camisas de futebol, de votar por uma caixa de cerveja, de votar num rostinho bonitinho, de votar por uma promessa de emprego. Malandragem? Não. Cegueira e ignorância de um povo sem autocrítica.

Estamos num fundo de poço, sair desse lamaçal é questão de urgência, e para tal, carece extirpar nossas preferências religiosas, partidárias, esportivas, classes sociais, poder econômico, etc. Ao passo que se não pensar com mais profundidade, com propostas sérias e imediatas, com intenções verdadeiras de fazer o país voltar a funcionar, enquanto não houver reforma política e tributária, educação, não dá para crer em mudanças.

Desconstruir ídolos, colocar os pés no chão, sem ilusão, arregaçar as mangas, enxergar uma luz no fim do túnel ou além da montanha, onde quer que seja, mas saber que com fé e muito trabalho podemos pensar na reconstrução de um caminho novo.