Sigo procurando
respostas, pois nada sei, o tempo é o senhor da razão, o apressado come cru, a
verdade de alguns me surpreende a cada momento, no cenário de escândalos as
máscaras vão caindo, a prova de fogo é o poder, não se corromper é para alguns
poucos. Diante das velhas estruturas que desgovernam o país, a minha tristeza é
imensa. Que Congresso é esse?
Perplexo com
o ocorrido na Câmara dos Deputados, cenas lamentáveis e bizarras. Os políticos
vão se perpetuando em seus cargos, cometendo desmandos, enriquecendo
ilicitamente, sem uma punição eficaz, sem uma prisão perpétua. E as delações
premiadas, o que dizer? Não importa se é delator ou traidor, bandido é bandido.
A situação
delicada que o Brasil atravessa, vem de longa data, moral e honestidade são
palavras extintas no círculo vicioso que é essa política de favores, de
negociatas, de manipulações, de interesses escusos, do controle de emissoras de
rádio e televisão sob o domínio dos parlamentares, de empresas patrocinando
campanhas eleitorais.
Nas urnas chega
de votar no que ‘rouba, mas faz’, de votar no ‘menos pior’, de votar por um
jogo de camisas de futebol, de votar por uma caixa de cerveja, de votar num
rostinho bonitinho, de votar por uma promessa de emprego. Malandragem? Não. Cegueira
e ignorância de um povo sem autocrítica.
Estamos num
fundo de poço, sair desse lamaçal é questão de urgência, e para tal, carece extirpar nossas preferências religiosas, partidárias, esportivas, classes sociais, poder
econômico, etc. Ao passo que
se não pensar com mais profundidade, com propostas sérias e imediatas, com
intenções verdadeiras de fazer o país voltar a funcionar, enquanto não houver reforma
política e tributária, educação, não dá para crer em mudanças.
Desconstruir
ídolos, colocar os pés no chão, sem ilusão, arregaçar as mangas, enxergar uma
luz no fim do túnel ou além da montanha, onde quer que seja, mas saber
que com fé e muito trabalho podemos pensar na reconstrução de um caminho novo.