Estádio Israel Pinheiro, Itabira, terra de Palmira, foi lá a emoção
primeira, ao ver os ídolos Grapete e Wanderley Paiva, com a camisa preta e
branca.
Nos programas esportivos de Rádio e TV, a infância de admiração com os
gigantes Erasmo Ângelo, Fernando Sasso, Lucélio Gomes, Luiz Carlos Alves, Ronan
Ramos, Waldir de Castro. Na Rádio Inconfidência, a voz, a audiência de Jairo
Anatólio Lima, um ícone.
Anos depois, no Mineirão, arquibaldo paraver o Clube Atlético Mineiro
desfilar o futebol arte. Na prateleira de cima, o clássico Luisinho, a
genialidade de Reinaldo, a canhota de Éder Aleixo. O monstro sagrado Toninho
Cerezo, o maior, o líder, o pilar de uma safra espetacular. Hexacampeonato
mineiro.
E por causa deles, vi craques como Falcão, Dener, Pita e Muller com a
bola nos pés. Vi também Raul, o cracaço Zé Carlos e o endiabrado Joãozinho. Vi
Andrade, Adílio e Zico. Sim, já tivemos futebol de verdade. Época de ouro. Saudosismo?
Sorte minha.
Com o velho ludopédio, já me encantei com aquela linha atleticana; Marinho,
Danival, Paulo Isidoro, Reinaldo e Marcelo Oliveira. Vi gols do ponta Ziza. Vi
Ortiz, o goleiro argentino, inovar e fazer gols de pênaltis.
Nelinho, Chicão, Zenon e Nunes, foram alguns algozes que vieram
reforçar as cores alvinegras, e honraram o manto esbanjando talento, raça e
títulos.
E o que dizer da raça do zagueiro uruguaio Olivera? E da eficiência e garra
de um Jorge Valença? Presenciei o futebol majestoso, do naipe de um Paulo
Isidoro. Elzo, Éverton e Marques, para sempre no coração da Massa.
Praça 7, a charanga, o hino do Galo, os foguetes, o grito de campeão, coração
aos pulos. Elias Kalil. Tempos áureos.
Eu vi o talento de Vitor, Tardelli e Ronaldinho Gaúcho conquistar a
Libertadores da América. Lágrimas ao
chão, alegria e emoção.
Ninguém me contou, eu estava lá, na arquibancada.