domingo, 20 de novembro de 2016

O Canto de Iaiá

Bom dia Iaiá, ontem queria falar mas não era hora, faz muito tempo que não a vejo cantar, só mesmo nos vídeos, e acho que em breve será na tela mesmo, pois acho que tá na hora de "pé na estrada", oxalá que as coisas aconteçam, creio que o universo conspira a favor, com muita dedicação e talento os objetivos são alcançados, torço para que consiga um patrocínio forte $$$, ou lei de incentivo, etc e tal. 

Essa segunda-feira abriu uma semana de muita alegria e orgulho, com seu show de alto nível, fodástico. E digo com muita convicção, é hora de alçar voos mais altos, tirando a emoção de quem a viu crescer, tirando os laços de amizade de quem lá no fundinho considera vocês três como meus sobrinhos, tirando qualquer emoção que possa interferir nos elogios te digo é hora de "pé na estrada". 

Apesar de ser irmão de músico, neto de sanfoneiro, primo de músicos, não sei os nomes técnicos musicais, mas vai do meu jeito mesmo algumas palavras de incentivo, te vi ontem com uma maturidade enorme, segurança, seu domínio da voz (subia e descia numa perfeição tamanha), simpatia com o público e os músicos, noção de palco, fazendo da voz o carro chefe (vejo algumas cantoras mulherões de braços e pernas enormes que gesticulam e dançam muito) e você tem a medida exata de gestos, caras e bocas. 

E que é melhor ainda, você não copia ninguém, tem seu estilo próprio, parabéns e torço para que sua estrada seja de muitos shows e luz.

Ontem entendi o porque do nome Iaiá, sua voz é imensa para que ficasse só com a Flavinha, vozes tantas.


Tio

Por entre as montanhas de Minas
expectativa e esperança
de mãos dadas

correnteza

a busca de si mesmo
enfrentamento e elevação

misericórdia e benção
no reencontro do homem com o rio

paz.

     

Liliço

Assis e Apolinários
uma fábrica de craques
nos campos de Lafaiete
a saudade gostosa
eternos contemporâneos
na arrancada rumo ao gol
corria o Liliço, alma boa
com a canhota habilidosa,
potente e certeira
no pulmão a explosão,
o talento no futebol
arte lúdica e longeva
a repassar ao vindouro
Marcelinho, o campeão.


Carrossel

A noite lúdica que gira
na mira do olhar
carrossel eterno bailar
a brincar, a circular
no verde esperança
da oculta criança
sob os domínios da mulher
em constante evolução
alegria & luz a transbordar
no tempo, no vento que inspira. 


O grito

O grito
na rua escura
do morro

aflito
o íntimo da mãe e negra

um rito
na hora dura

o tiro
muita amargura
a sangrar as digitais

o dito
é que somos iguais
acredito
que nem nas digitais

fito
a ponte como divisão
nós do lado de cá e lá
o imundo poder
das injustiças sociais

insisto
no verso bendito
de um sonho que resiste
sem dedos em riste

na rua escura
de tantas desigualdades.



Desvestida

Lá vai ela 
com laquê ou paetê
procurando a glória
na avenida obscura
desvestida de dignidade
colorida de irreverência
assanha uma vitória
no carruagem da inclusão.


A vovó e o netinho

A infância inaugura a fase das descobertas, dos livros infantis, das brincadeiras. Na atmosfera lúdica, criança é sinônimo de alegria.

A vovó e o netinho; ela é a sabedoria e a plenitude, ele é a curiosidade e a pureza. Entre beijos e abraços, eles se preenchem, se defendem, se fartam.

Bem perto deles, ouço as antigas canções de ninar, que eram minhas e agora ela canta para ele.

Nesses dias impagáveis, vejo a vovó e o netinho eternizando os laços de afeto, escrevendo uma bela história de amor.

A vovó e o netinho.