Toninho Cerezo sempre conviveu com a palavra desafio em sua
vida, desde a infância na família circense, até o bi mundial pelo São
Paulo em 92/93.
E pelos caminhos, o filho do palhaço Moleza, foi vencendo as etapas
ao longo da sua carreira. No Atlético, ganhar a confiança do exigente treinador
Telê Santana, substituir o grande Wanderley Paiva, honrar a camisa que um dia
foi de Zé do Monte, ser o líder de uma safra maravilhosa da base que iria
interromper a hegemonia azul celeste em 76, ser um dos pilares da conquista do
inesquecível hexacampeonato mineiro de 78 a 83, não era tarefa para qualquer
um, era a missão de um guerreiro como Toninho.
Do berço num trailer mambembe no bairro Nova Granada em Belo
Horizonte, ele foi parar na Copa da Argentina em 78, com seu talento foi conquistando
espaços, encantando a Massa, e provando a todos os críticos que seu jeito de
jogar era uma exigência do futebol moderno. Na Copa da Espanha em 82, foi uma
das estrelas da trupe que brindou o mundo com aquele futebol mágico.
E sua categoria foi romper fronteiras, alçar voos maiores. Fez
pouso e participou de grandes times da Itália, sendo campeão na Roma e na Sampdoria.
Em Roma e Gênova, muitos títulos e o nome gravado na memória dos italianos.
Correu e ganhou o mundo.
A longevidade do ídolo atleticano, ainda o fez esbanjar sua
técnica no São Paulo, reencontrar o mestre Telê Santana, e resgatar aquele
antigo sonho de ser campeão do mundo. O destino se cumpriu, Telê e Toninho
Cerezo trouxeram o bi mundial, além da Copa Libertadores e da Recopa. Bem perto de encerrar sua carreira gloriosa, ainda foi
campeão mineiro pelo Cruzeiro em 94. E o “Cerezão” (era assim que meu pai o chamava),
pela última vez vestiu o manto sagrado, com a camisa preta e branca que o
consagrou foi campeão da Copa Centenário em 97 pelo seu glorioso, o Clube
Atlético Mineiro.
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